Michael Wesely é um artista de origem alemã, nascido em 1963 e que dedicou sua vida ao aprimoramento e experimentação com a fotografia de longa exposição.
Ele desenvolveu uma técnica radical, construindo suas próprias câmeras. O tempo de captura de cada imagem pode durar de minutos a anos. Faz desde retratos até naturezas mortas e imagens arquitetônicas.
Uma extrapolação total do time-lapse. É a compactação do tempo em apenas uma fotografia. Trata-se, antes de tudo, de uma obra absolutamente autoral e com o método muito aprimorado.
Ele chama seu trabalho de “arqueologia visual”. Suas fotografias mostram o passado todo concentrado e detalhado com suas nuances e alterações em uma única imagem.
Pode-se ver a mudança da posição do sol ao longo das horas e dos meses.
As transparências e sobreposições capturadas mostram as transformações ocorridas no decorrer da construção de cada imagem.
Em contraposição ao time-lapse convencional em vídeo, no qual o expectador assiste passivamente o passar do tempo, o time-lapse arqueológico de Michael Wesely convida o observador a se aproximar da fotografia, e, ativamente, descobrir cada detalhe. O tempo de observação é determinado pelo expectador, e não pelo artista.
Um exemplo é o trabalho desenvolvido para o Instituto Moreira Salles. Wesely foi contratado para fazer o time-lapse arqueológico com suas câmeras para documentar o surgimento da nova sede do museu na Av. Paulista.
Abaixo, o making of deste projeto:
Nele, é possível conferir sua biografia, trabalhos e exposições, e apreciar seu talento e sua inventividade.
Abaixo duas das imagens do acervo do IMS: